sábado, dezembro 19, 2015

MP investiga venda de rádio de Eduardo Cunha em Pernambuco.

Três organizações da sociedade civil são autoras de representação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feita ao Ministério Público Federal (MPF) do Rio por ele ser sócio da Rádio Satélite Ltda., de Pernambuco. As instituições citam o artigo 54, que proíbe deputados e senadores de firmar ou manter contrato com concessionárias de serviço público, como são as empresas de radiodifusão.

Cunha diz ter vendido a rádio em 2007, mas seu nome consta como sócio nos registros oficiais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Ministério das Comunicações.

A pasta informou que a venda ocorreu sem sua autorização, obrigatória no caso de emissoras de rádio e TV. Segundo o ministério, o pedido para “realizar alteração contratual” foi protocolado em 12 de abril de 2011 – quatro anos após a venda – e “o processo ainda está em análise”, sem prazo para conclusão.

A sociedade na Rádio Satélite não consta da declaração de bens de Cunha enviada à Justiça Eleitoral. A assessoria do presidente da Câmara diz que a venda seguiu os procedimentos legais e foi informada na declaração de renda do deputado de 2007. Portanto, não poderia estar na lista de bens de Cunha. Segundo a assessoria, não há irregularidade no negócio. A notícia da sociedade de Cunha na Rádio Satélite foi publicada pela Revista Época na semana passada.

O MPF do Rio informou que a representação está em análise pela procuradora Marylucy Santiago Barra, do Ofício do Patrimônio Público e Social.

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