O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, pediu nesta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura
de mais um inquérito para investigar o presidente nacional do DEM,
senador Agripino Maia (RN), por peculato qualificado e lavagem de
dinheiro. Se for aceito, será a terceira investigação em curso contra o
parlamentar.
O pedido é para investigar um possível
funcionário fantasma, Victor Neves Wanderley, no gabinete de Agripino no
Senado. A partir de 2009, Wanderley foi nomeado ao cargo de assessor
parlamentar e, em datas próximas ao dia do pagamento, realizou saques em
espécie e depósitos na conta de um primo de Agripino Maia, Raimundo
Alves Maia Júnior –as informações foram obtidas por quebra de sigilo
bancário.
De acordo com os registros do Senado,
Wanderley ainda atua como assessor parlamentar de Agripino, lotado no
“escritório de apoio do senador”. Seu salário-base atual é de R$
7.415,57, segundo o registro de outubro deste ano. A primeira menção ao
funcionário fantasma encontrada pela Folha no “Diário Oficial” é de
março de 2009, quando Wanderley foi lotado no gabinete da liderança do
Democratas. Ele também atuou no gabinete do senador José Bezerra
(DEM-RN), ao menos em 2010. Procurado pela Folha na manhã desta sexta
(18), Agripino disse que não há funcionário fantasma em seu gabinete:
“Absolutamente”. “Não, não tenho nenhum conhecimento sobre esse
assunto”, afirmou o parlamentar.
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