Líderes do PT, PC do B, Rede e PSOL na
Câmara entregam na tarde desta terça-feira, 15, ao Supremo Tribunal
Federal uma carta aberta pedindo o afastamento cautelar do presidente da
Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O documento de cinco páginas, assinado
por 50 parlamentares dos quatro partidos, acusa o peemedebista de
prevaricação e enumera episódios em que, segundo eles, a presidência da
Câmara teria sido exercida “para benefício privado, autoproteção em
investigações e usufrutos inconstitucionais”.
“Trata-se de um pedido de socorro para
que Supremo determine o afastamento cautelar porque, na medida em que o
inquérito é instaurado na Casa, ele (Cunha) estando na presidência vai
interferir permanentemente no processo”, disse a deputada Jandira
Feghali (PCdoB-RJ). Segundo ela, o pedido foi feito ao Supremo porque
não há o dispositivo do afastamento no regimento da Casa, que prevê a
saída de um presidente apenas via cassação ou renúncia.
No texto, os deputados citam como
exemplo de uso de prerrogativa de presidente para benefício próprio a
divulgação, pelo peemedebista, do acolhimento do pedido de impeachment
da presidente Dilma Rousseff apenas quatro horas depois de a bancada do
PT ter decidido votar pela admissibilidade da representação contra ele.
Relatam também a atuação de Cunha para
interferir no resultado da eleição da Comissão Especial para apreciação
do pedido de impeachment, como a prorrogação do prazo para a instalação e
a abertura de uma votação secreta para a eleição do colegiado.
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