Quando souberam que seus filhos valorosos
sofriam no campo chamado Fonte Nova, todos os santos e orixás da Bahia
acudiram. Eles estiveram presentes nas milhares de pessoas presentes
naquele estádio, passando boas energias aos 11 meninos no gramado;
também se manifestaram nos passes precisos de Renato Augusto, na calma
de Rodrigo Caio, nos cruzamentos de Zeca e Douglas Santos; acarinharam
Neymar; corrigiram a mira de Gabriel Jesus e Gabriel. Em Salvador,
quando o risco de um vexame era real, tudo se acertou, e a seleção
olímpica goleou a Dinamarca por 4 a 0, classificando-se para as quartas
de final dos Jogos do Rio de Janeiro.
PRIMEIRO TEMPO
Todos os santos e orixás da Bahia começaram a iluminar o caminho antes
do jogo. O técnico Rogério Micale não abriu mão de seus conceitos, mas
resolveu arriscar: colocou quatro atacantes em campo para resolver o
problema de gols de um time que passou 180 minutos sem marcar. Neymar
trocou de posição com Gabriel Jesus e foi para o meio, na companhia de
Luan, revezando-se com o gremista para buscar o jogo. Mais do que isso: a
equipe seguiu marcando em cima, compactada e sem deixar a Dinamarca
jogar. Foi preciso esperar mais 26 minutos para a agonia acabar:
Gabriel, o mais regular atacante brasileiro, completou cruzamento de
Douglas Santos e abriu o placar. Com a vantagem, a seleção seguiu no
controle e ampliou com Gabriel Jesus.
SEGUNDO TEMPO
Todos os santos e orixás da Bahia cuidaram bem de Neymar. O capitão
brasileiro, que vinha de dois jogos decepcionantes, não foi brilhante
individualmente. Mas foi um tremendo facilitador para o time. Mais
recuado, com liberdade, distribuiu passes e se cansou de deixar Douglas
Santos em ótimas condições. Numa delas, logo no início do segundo tempo,
o lateral rolou para Luan ampliar o placar; depois, foi a vez de
acionar Gabriel Jesus, em bola que sobrou para Gabriel definir o
resultado. Das arquibancadas, o camisa 10 recebeu apoio, teve o nome
gritado e ganhou aplausos a cada jogada.
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