Aquele menininho agitado precisava de limites. Parecia ter asas nos pés,
um raciocínio rápido demais e uma pré-disposição a não aceitar amarras.
Sinais suficientes para que o pai o mantivesse sob rédea curtinha, o
enchesse de tarefas caseiras. Mas virava e mexia, Usain Bolt
dava um jeito de burlar o que era estabelecido. A coragem, a energia de
sobra e o espírito competitivo despertado nas aulas de matemática -
quando corria para a lousa para tentar resolver um problema antes de um
amigo - permaneceram na vida adulta. E o conduziram na missão de
surpreender o mundo. Se os estudos diziam que ninguém correria os 100m
rasos abaixo de 9s60, lá ia ele mostrar que era possível, sim.
Em um ano, baixou seu recorde de 9s69, estabelecido em Pequim 2008,
para 9s58. A estimativa dos especialistas era de que em cada década a
fração decimal fosse quebrada. Quatro atletas, além dele, haviam corrido
na casa de 9s70/9s80. No entanto, Bolt pulou a casa de 9s60. Depois
disso, apenas dois atletas correram 9s69. Por isso, o novo cálculo é que
sejam necessárias duas décadas para superar esta marca. Só que o
jamaicano é imprevisível. No Rio, fará sua despedida olímpica. Neste
sábado,a partir das 12h, ele pisa na pista do Engenhão para disputar as
eliminatórias dos 100m, prova em que busca o terceiro ouro. Via g1.
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