Ainda comemorando o resultado folgado no processo do impeachment no
Senado, os aliados do presidente interino, Michel Temer, já miram com
preocupação outra frente jurídica que abreviar o governo: as ações que
pedem a cassação da chapa Dilma Rousseff/Michel Temer no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). No Planalto, o temor é que as novas delações
na Lava-Jato sejam anexadas ao processo e tragam mais dificuldades para
Temer. Além disso, o governo já sabe que um desmembramento das ações,
para julgar apenas a petista, é improvável.
Segundo aliados do peemedebista, o presidente do TSE, ministro Gilmar
Mendes, que teve conversas recentes com Temer, afirmou que o processo
tem complicações devido à situação do PT, pois haveria muitas provas
consistentes contra o partido. A interlocutores, Gilmar também
manifestou achar pouco provável que haja um desmembramento do processo,
já que o Ministério Público Eleitoral recomendou que as condutas de
Temer e Dilma sejam julgadas conjuntamente.
A própria relatora das ações no TSE, ministra Maria Thereza de Assis
Moura, já negou pedido feito pelo PMDB para desmembrar os processos em
abril.
Além disso, a ministra decidiu que novas provas podem ser anexadas às
ações, e, portanto, novas delações que estão sendo negociadas no âmbito
da Operação Lava-Jato podem ser incluídas. Desde que Temer assumiu a
Presidência interinamente, foi citado em uma delação já homologada pelo
Supremo Tribunal Federal, a do ex-presidente da Transpetro Sérgio
Machado. Ele acusa o peemedebista de lhe pedir contribuição para uma
campanha do PMDB em 2012 via caixa 2. Temer nega veementemente ter feito
o pedido.
Nas negociações para uma delação premiada, executivos da Odebrecht
também teriam se comprometido a provar um doação de R$ 10 milhões por
caixa 2 para a campanha eleitoral de Temer em 2014, na disputa da
reeleição. A informação foi publicada pela revista “Veja”. Via G1.
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