O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo
Cardozo, protocolou na tarde de ontem sexta-feira (12) as alegações da
defesa da presidente. O documento é uma contestação ao libelo acusatório
apresentado pelos autores do processo de impeachment.
No mesmo momento, a Mesa Diretora do Senado notificou o advogado do
início do julgamento, que será às 9h do dia 25 de agosto. Segundo
Cardozo, ainda não há uma decisão sobre a participação da presidente
Dilma Rousseff no julgamento. Ela pode legalmente não comparecer e ser
representada pelo advogado.
O documento também apresenta o nome das seis testemunhas a que a
defesa tem direito de convidar e que participarão do julgamento. O
ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, prestará depoimento, assim como o
ex-secretário-executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, a
ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck, e o ex-secretário do
Planejamento, Gilson Bittencourt. Também estão listados os professores
de direito, Geraldo Prado, e o economista Luiz Gonzaga Belluzzo.
“Nós pegamos testemunhas ligadas aos fatos, um especialista da área
econômica e um especialista da área jurídica”, explicou Cardozo. A
defesa preferiu não trazer para o julgamento o procurador do Ministério
Público Federal, Ivan Marx, que pediu o arquivamento do processo contra
Dilma, por entender que as pedaladas fiscais não configuram crime.
“Chegamos a avaliar se chamaríamos o procurador, mas ficou claro que
no testemunho ele não teria tanto a esclarecer, porque temos por escrito
sua intervenção, que é muito clara quanto ao fato de que os atrasos de
pagamento não configuram operação de crédito”, afirmou.
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