quinta-feira, agosto 11, 2016

31% dos homens brasileiros não acompanham o estado de saúde.

Quase um terço dos homens brasileiros (31%) não tem o hábito de frequentar serviços de saúde para acompanhar seu estado de saúde e buscar auxílio na prevenção de doenças e na qualidade de vida. Pesquisa divulgada hoje (11) pelo Ministério da Saúde mostra que as barreiras socioculturais interferem na prevenção à saúde e que, em muitos casos, os homens pensam que não ficam doentes ou têm medo de descobrir alguma alteração no organismo.

O levantamento foi feito por telefone em 2015 com mais de 6 mil homens cujas parceiras fizeram parto no Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo mostrou que, apesar de o pré-natal da parceira ser o momento em que o homem está mais próximo dos serviços de saúde, as consultas e os exames ainda são pouco aproveitado pelos profissionais. A maioria dos homens (80%) disse que acompanha a parceira nas consultas, mas 56% afirmaram que o atendimento teve foco apenas nas orientações à gestante.

A partir dos resultados do estudo, o ministério lançou nesta quinta-feira o Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde e o Guia da Saúde do Homem para Agente Comunitário de Saúde. A primeira proposta consiste em aproveitar o momento em que o homem está mais próximo do sistema de saúde, acompanhando a parceira no pré-natal, para que ele adote hábitos saudáveis e faça exames preventivos. O segundo tenta sensibilizar agentes para levar os homens às unidades básicas de saúde e trabalhar a prevenção.

“É uma instrução que estamos dando às nossas equipes para tentar fazer com que os homens, que são arredios para esse questão de prevenção à saúde, possam ser captados pelo nosso sistema”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros. “Há uma diferença extremamente significativa [na expectativa de vida de homens e mulheres] e é preciso que façamos um esforço para diminuí-la”, acrescentou.

Entre os participantes, 80% tinham entre 20 e 39 anos, 67,3% afirmaram ter renda entre um e dois salários mínimos, quase metade (49%) relatou ser casado e apenas 36,9% completaram o ensimo médio. Via Paula Laboissière/Agência Brasil.

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