A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entregou na tarde desta
quinta-feira (25) à Câmara dos Deputados o pedido de impeachment do
presidente Michel Temer. A entidade também pediu que Temer fique
inabilitado de exercer cargo público por oito anos.
LEIA A ÍNTEGRA DO PEDIDO
A entidade usa como base a delação premiada de executivos da J&F
para argumentar que o presidente cometeu crime de responsabilidade e
violou o decoro do cargo de presidente. Com base no que foi informado, o
ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal, autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer.
"O pedido da OAB leva em consideração as manifestações do presidente da
República, que em dois momentos, em rede nacional de televisão, declara
textualmente conhecimento com relação a todos os fatos. O presidente
declara que escutou desse empresário, que ele nominou como fanfarrão e
delinquente, todos aqueles crimes e nada fez com relação ao que
escutou", disse o presidente da OAB, Claudio Lamachia, ao chegar à
Câmara.
Antes de protocolar o pedido, Lamachia acrescentou que a entidade
também pediu o impeachment de Dilma Rousseff, "o que demonstra que a OAB
é uma instituição absolutamente e apartidária."
"Há menos de um ano, lamentavelmente, fomos nós da OAB, fui compelido a
apresentar o pedido de impeachment da então presidente da República
Dilma Rousseff. A OAB cumpre o seu papel, apresenta dois impeachments de
dois presidentes da República, processos de impeachment diametralmente
opostos no que diz respeito à questão das ideologias partidárias, o que
demonstra que a OAB é uma instituição absolutamente independente e
apartidária", declarou.
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