No Rio Grande do Norte, as delações do Grupo JBS, feitas pelos
empresários Joesley e Wesley Batista, além do executivo Ricardo Saud,
atingiram nada menos do que 14 políticos. Entre os envolvidos estão
figuras que foram e não foram eleitas na última corrida federal/estadual
disputada em 2014. Governo, Senado, Assembleia e Câmara Federal tiveram
representantes eleitos com ajuda financeira do Grupo JBS, que somente
no Estado potiguar fez contribuições a oito partidos e elegeu 12
parlamentares. Todas as doações foram feitas de forma oficial, mas
algumas delas, segundo os delatores, tratavam-se de propinas
disfarçadas.
O político que mais recebeu incentivos monetários no
Rio Grande do Norte ao longo do pleito de 2014 foi o governador Robinson
Faria (PSD). De acordo com dados extraídos do site oficial do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), a campanha do ex-presidente da Assembleia
Legislativa do Estado teve R$ 6,5 milhões oriundos da JBS. Na planilha
da delação entregue à Procuradoria-Geral de República (PGR), no entanto,
os delatores apontaram que os valores foram de R$ 8,5 milhões, sendo R$
5 milhões considerados como propinas em anotação de Ricardo Saud.
O
peemedebista Henrique Eduardo Alves, ex-ministro do Turismo e
presidente da Câmara dos Deputados, derrotado nas eleições de 2014 por
Robinson, recebeu, oficialmente, R$ 2,75 milhões em doações da JBS,
segundo o TSE e também a planilha dos delatores.
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