A população de Angola vai às urnas hoje (22) para escolher o sucessor do
presidente José Eduardo dos Santos, que está há 38 anos no poder. O
novo líder deverá ser capaz de administrar um país ainda afetado por
causa das quase três décadas de guerra civil e em crise por ter uma
economia quase exclusivamente baseada no petróleo. A informação é da
EFE.
Após a Nigéria, Angola é o segundo maior produtor de petróleo da
África, com uma média diária de 1,8 milhões de barris, que representam
quase 95% das exportações do país. A queda dos preços do petróleo em
2013 fez com que os investimentos do governo caíssem 60%, o que acabou
repercutindo na já prejudicada situação dos serviços básicos a uma
população que vive, em sua grande maioria, com menos de US$ 1 ao dia.
O
novo presidente enfrentará a difícil tarefa de diversificar a fonte de
investimentos públicos, reduzir a dependência das importações, aumentar a
produção doméstica, promover o emprego entre os jovens e lutar contra a
corrupção, outro dos grandes problemas do país.
Os quatro
partidos que disputam o cargo prometem esses objetivos nos seus
respectivos programas eleitorais, mas quem tem mais chance de vencer é o
representante do Movimento Popular para a Liberdade de Angola (MPLA),
João Lourenço, correligionário de José Eduardo dos Santos.
A
União Nacional para a Total Independência de Angola (Unita) e seu líder,
Isaias Samakuva, seguem como principais adversários dos governistas,
mas as chances de triunfo são pequenas.
Os 9,7 milhões de
eleitores registrados deverão decidir se confiam no novo rosto do MPLA
para tentar reverter o rumo de um país que, pela abundância de seus
recursos naturais, deveria estar entre os mais ricos do continente
africano.
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