Nove dos dez corpos resgatados da embarcação Capitão Ribeiro, que
naufragou na noite de terça-feira (22), no Rio Xingu, entre as cidades
de Porto de Moz e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará, já foram
liberados pela equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O
corpo de um homem, conhecido como Sebastião, a décima vítima, ainda
aguarda oficialmente pelo reconhecimento da família.
As equipes
mantiveram as buscas às vítimas até o fim da tarde de ontem (23), e
foram retomadas hoje (24) cedo. Uma balsa e embarcações da prefeitura de
Porto Moz, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, estão sendo
utilizadas na operação. O helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança
Pública (Graesp) está apoiando as ações na área de buscas.
De
acordo com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, a embarcação - com
capacidade para 90 a 100 passageiros - foi ancorada próxima da margem do
rio com o apoio de uma balsa para facilitar o trabalho de procura por
corpos.
A identificação dos mortos está sendo feita no ginásio
municipal Chico Cruz por uma equipe de oito profissionais - entre
peritos, médico e auxiliares - do Centro de Perícias Científicas Renato
Chaves de Belém e de Altamira. A embarcação acidentada, que saiu de
Santarém, tinha como destino a cidade de Vitória do Xingu.
“Fizemos entrevistas com os familiares a fim de identificar
características das vítimas para ajudar no reconhecimento. Contudo, a
liberação está sendo agilizada”, disse o perito Felipe Sá, coordenador
das unidades regionais do Centro de Perícias.
O Corpo de
Bombeiros e a Defesa Civil estadual coordenam as ações de busca,
salvamento e atendimento social da sede da Câmara Municipal de Porto de
Moz, onde foi instalado um gabinete de crise com a presença das forças
de segurança estaduais, poder executivo municipal e demais órgãos
envolvidos na operação de resgate das vítimas do naufrágio.
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