quinta-feira, agosto 24, 2017

Produção brasileira de cana-de-açucar pode chegar a 646 milhões de toneladas.

A produção de cana-de-açucar deve chegar a 646,34 milhões de toneladas na safra 2017/2018, uma queda de 1,7% quando comparada à temporada anterior, que chegou a 657,18 milhões. A estimativa é do segundo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje (24).

A área colhida também sofreu uma redução de 3,1%, passando de 9,05 milhões para 8,77 milhões de hectares. Segundo a Conab, a queda ocorreu em razão da desistência e devolução de áreas de fornecedores distantes das unidades de produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização.

Para o coordenador-geral de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cid Caldas, essa pequena redução de áreas não causa preocupação porque são locais  onde não é possível fazer colheita mecanizada e que estão sendo abandonados. Ele explica que a compensação é feita pelo aumento da produtividade e melhor uso da terra. Para isso, o governo vai disponibilizar este ano R$ 3 bilhões no Plano Safra para o Programa de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais (Prorenova).

“Esse recurso é disponibilizado para o material que ainda é protegido, ou seja, espécies de cana-de-açúcar que têm melhor produtividade, mais qualidade e onde há muitas tecnologias”, disse, acrescentando que hoje existem em torno de 112 dessas espécies. “Teremos mais recursos e esperamos que haja o retorno da produtividade de cana-da-açúcar”.

O recuo na produção desta safra só não é maior devido ao aumento de 1,5% na produtividade, que deve passar dos 72,62 toneladas por hectare na safra passada para 73,73 toneladas por hectare na próxima colheita.

Neste levantamento, a Conab também divulgou o percentual de colheita mecanizada no país. A estimativa para esta safra é de que 90,2% da área de colheita adotem a tecnologia. Na Região Centro-Sul, o percentual é de 95,6%, enquanto que no Norte-Nordeste é de apenas 23,2%, devido à dificuldade de atuação mecânica em um relevo mais acidentado.

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