O debate visa encontrar soluções para sanar as perdas de produção do
ano passado, apesar dos sinais de recuperação dessa lavoura em 2017. Na
região da Serra de Sant’Ana, no Seridó, as baixas registram 40% da
produção. Já na Serra do Mel esse número sobe para 45%. A região com os
maiores danos é o Médio Oeste, no qual as perdas chegaram a 80%.
O Rio Grande do Norte é o principal exportador de castanha de caju do
país. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, em 2011, ano em que se registraram boas chuvas no
Estado, 5,7 mil toneladas de castanha de caju fresca e sem casca foram
vendidas para o exterior.
Em 2014, já em emergência por causa da seca, o RN exportou pouco mais
de 3,3 mil toneladas. Já no ano de 2015, de janeiro a outubro, cerca de
1,7 mil toneladas foram exportadas. De acordo com o deputado, o atual
cenário é reflexo da descontinuidade de programas, sucessivos períodos
de estiagem, incidência de pragas e pomares envelhecidos.
O debate foi proposto pelo deputado Hermano Morais (PMDB), abordou o tema e avaliou a situação da atividade.
“Apesar de figurar entre os principais produtos da pauta de exportação
do Estado, a castanha de caju apresentou um declínio nas exportações
devido à seca. O longo período de estiagem mudou a paisagem e a
Cajucultura potiguar não conseguiu segurar o ritmo de produção nos
pomares devido à escassez de chuvas. A audiência pretende minimizar os
impactos, solucionar os problemas e reerguer a Cajucultura em nosso
Estado”, comentou o deputado.
Participarão da audiência representantes da Federação da Agricultura e
Pecuária do RN (FAERN), Serviço Nacional e Aprendizagem Rural (SENAR),
Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (EMPARN), Federação dos
Trabalhadores na Agricultura (FETARN), Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural Diretoria Administração e Financeira (EMATER), Federação
dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Usina Brasileira de Óleo e Castanha
(USIBRAS).
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