Oito candidatos concorrerão à Presidência do Chile nas eleições de 19
de novembro, após expirar ontem o prazo legal para a inscrição de
candidaturas. Na mesma votação, os chilenos também elegerão 23
senadores, de um total de 50 cadeiras da Câmara Alta, 155 deputados e
278 conselheiros regionais, segundo números do Serviço Eleitoral
(Servel). A informação é da EFE.
Até um mês atrás, os candidatos
presidenciais eram 15, mas sete renunciaram por não terem conseguido
juntar as 33.500 assinaturas necessárias para confirmar suas
candidaturas.
Entre os nomes que concorrem à presidência estão o
ex-presidente Sebastián Piñera (2010-2014), que ganhou em julho as
primárias da coalizão direitista Chile Vamos e que, como favorito nas
pesquisas, busca um segundo mandato.
Já a coalizão governista
Nova Maioria chega dividida. Seu candidato formal é o senador
independente Alejandro Guillier, que rejeitou concorrer pelos partidos
que o escolheram como porta-voz e optou por reunir as assinaturas
requeridas para candidaturas independentes.
A Democracia Cristã (DC) decidiu lançar como candidata sua líder, a
senadora Carolina Goic, que quase abandonou o partido após uma crise
interna.
A jornalista Beatriz Sánchez, de 46 anos, é a candidata
da esquerdista Frente Ampla (FA), após derrotar nas primárias o
sociólogo Alberto Mayol, que posteriormente se apresentou como candidato
a deputado, em uma polêmica decisão que gerou uma crise nesta emergente
coalizão integrada por 12 partidos.
Outros candidatos são Marco
Enríquez-Ominami, com baixos índices nas pesquisas e que concorre pela
terceira vez em uma eleição presidencial à frente do Partido
Progressista, e o senador Alejandro Navarro, um ex-socialista próximo ao
movimento bolivariano.
Por sua vez, o deputado José Antonio Kast
renunciou à União Democrata Independente (UDI), na qual militou durante
muitos anos, para ser candidato em nome de grupos ultraconservadores,
círculos de militares reformados e partidários da ditadura de Augusto
Pinochet.
No outro extremo do espectro político está o professor
Eduardo Artés, candidato do partido de extrema-esquerda União Patriótica
(UPA), classificado como stalinista por alguns setores. Antigo
admirador de Mao Tse-Tung e da Revolução Cultural, Artés hoje é defensor
do regime norte-coreano e considera o Partido Comunista do Chile como
traidor.
Após a confirmação das candidaturas, o Serviço Eleitoral
deve agora revisar a documentação para confirmar se cumprem com os
requisitos legais. No próximo dia 2 de setembro será divulgado se as
candidaturas presidenciais, parlamentares e de conselheiros regionais
serão aceitas ou rejeitadas.
Segundo o censo provisório do
Servel, no Chile há 14.308.131 eleitores aptos a votar nas eleições de
novembro, aos quais devem se somar outros 39.129 chilenos que vivem fora
do país.
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