A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou nesta
sexta-feira a nota de crédito do Brasil de "BB" para "BB-" e alterou a
perspectiva de negativa para estável. Em relatório, a agência citou a desistência de votação da reforma da Previdência como um dos principais fatores para a medida. O rebaixamento pela Fitch ocorre pouco mais de um mês de movimento semelhante pela Standard&Poor's.
O Ministério
da Fazenda divulgou uma nota em resposta à reavaliação, em que destaca
que a dívida pública do país possui hoje uma composição saudável e
ressalta que o governo ainda está “comprometido em progredir com a
agenda de reformas macro e microeconômicas destinadas a garantir o
equilíbrio das contas públicas.
A Fitch afima que pesou sobre a decisão o fato de a reforma ter sido
adiada para depois das eleições e a incerteza em relação ao próximo
governo, que pode não dar continuidade ao projeto reformista.
"O rebaixamento do Brasil reflete seus grande e persistente e déficit
fiscal, o crescente peso da dívida pública e a falta de reformas que
melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas", escreveu a
agência.
Após desistir da reforma da Previdência, com a intervenção federal no Rio de Janeiro, o
governo anunciou em 19 de fevereiro nova pauta de prioridades com 15
itens, como a privatização da Eletrobras e autonomia do BC.
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