A Colômbia extraditou na madrugada deste sábado (24) aos Estados
Unidos (EUA) o traficante Washington Prado Alava, conhecido como o
"Pablo Escobar" do Equador e requerido pelas autoridades americanas por
"transportar mais de 250 toneladas de cocaína" a esse país, informou a
Procuradoria colombiana.
"Dada a administração do Ministério
Público (MP), foi extraditado para os EUA Washington Prado Alava, que
usa o pseudônimo 'Gerard', conhecido como 'Pablo Escobar' do Equador. O
homem tentou se vincular às listas das Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc) para acessar a Jurisdição Especial para a Paz (JEP)",
detalhou o MP em comunicado.
Alava foi detido em 11 de abril do
ano passado junto com os seus três principais comparsas: o também
equatoriano Leonardo Adrián Vera, conhecido como "Thiago", e os
colombianos Robinson Alberto Castro, conhecido como "Rocho", e Diego
Fernando Arizala, conhecido como "Zorro".
"Gerard", que tem
"poder e capacidade de suborno muito altos", também era procurado no
Equador pelos homicídios de vários promotores, juízes e policiais.
De
acordo com a Procuradoria colombiana, Alava "é considerado uns dos
maiores chefes do tráfico dos últimos tempos, que se transformou em alvo
importante para os EUA".
Para evitar sua extradição, o
equatoriano tentou se vincular às listas de guerrilheiros apresentados
pelas Farc para se submeter à JEP, encarregada de qualificar
juridicamente as condutas graves cometidas pelos atores do conflito
armado sob as normas do Código Penal Colombiano, o Direito Internacional
em matéria de Direitos Humanos (DIDH), o Direito Internacional
Humanitário (DIH) e o Direito Penal Internacional (DPI).
"Alava,
que permanecia detido na penitenciária Picota, de Bogotá, desde 12 de
abril de 2017, foi escoltado por um dispositivo de segurança de 50
comandos e agentes" da Direção de Investigação Criminal e Interpol
(Dijin) da Polícia, o Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário
(Inpec) e a DEA, acrescentou a nota.
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