O Egito fechou nesta quinta-feira (22), de forma surpreendente, a
passagem da fronteira de Rafah, na fronteira com o enclave palestino de
Gaza, um dia depois de ter sido reaberta, por uma ameaça terrorista,
informou a embaixada palestina na Liga Árabe.
As forças de
segurança egípcias detectaram que grupos terroristas que atuam na
península do Sinai (nordeste) planejavam colocar explosivos em ônibus
dos palestinos, na estrada que une a passagem da fronteira com o canal
de Suez ou na entrada do Cairo, segundo comunicado da embaixada
palestina.
A embaixada anunciou que formará um gabinete de crise
para avaliar a segurança dos seus cidadãos, ao mesmo tempo em que abrirá
três linhas telefônicas para atender aos palestinos que tenham ficado
presos no Egito.
As autoridades egípcias voltarão a abrir a passagem da fronteira depois de deter ou matar os terroristas, completou a fonte.
Atualmente,
o Egito faz uma ofensiva no norte do Sinai contra os terroristas que
atuam na região, especialmente a filial do grupo jihadista Estado
Islâmico, que tem forte presença entre a fronteira com Gaza e a cidade
de Al Arish, capital da província do Sinai do Norte.
Durante a
operação de segurança, lançada no último dia 9, morreram 71 suspeitos de
terrorismo e três soldados, e cerca de 1,8 mil pessoas foram presas,
segundo as informações divulgadas pelo Exército.
O Egito e as
autoridades palestinas em Gaza anunciaram ontem, de surpresa, a abertura
da passagem de Rafah durante quatro dias, para permitir o trânsito de
doentes, estudantes e pessoas com dupla nacionalidade, assim como a
entrada em Gaza de residentes palestinos presos no lado egípcio.
A
abertura de Rafah é fundamental para os 2 milhões de habitantes de
Gaza, já que é o único acesso que não passa por Israel, que mantém
ferrenho bloqueio ao território desde que o grupo islamita Hamas tomou o
poder, em 2007, limitando a saída e entrada de pessoas e bens.
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