O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação lançou um portal
exclusivo na internet para usuários do programa Passe Livre, que
assegura a pessoas com deficiência e de baixa renda o direito de
gratuidade no transporte rodoviário interestadual. O cartão que dá
acesso ao benefício, em vigor há cinco anos, só podia ser solicitado
mediante o envio de formulário e documentação pelos Correios.
Com a nova funcionalidade, que está adaptada aos principais padrões de acessibilidade na rede, atuais beneficiários e pessoas que têm direito à inclusão no programa também terão a possibilidade de fazer a adesão e a renovação online. O andamento dos pedidos poderá ser acompanhado no site. O serviço de inscrição com o envio de formulário pelos Correios será mantido.
Com a nova funcionalidade, que está adaptada aos principais padrões de acessibilidade na rede, atuais beneficiários e pessoas que têm direito à inclusão no programa também terão a possibilidade de fazer a adesão e a renovação online. O andamento dos pedidos poderá ser acompanhado no site. O serviço de inscrição com o envio de formulário pelos Correios será mantido.
O
atleta Francisco Fábio, morador de Ceilândia, no Distrito Federal, é
usuário do programa há três anos. Cadeirante, ele recebe pensão de um
salário mínimo do INSS e costuma viajar três vezes por ano utilizando o
Passe Livre. "Na questão financeira, [o benefício] ajuda muito, porque
não é toda hora que a gente tem dinheiro suficiente pra comprar
passagem. É uma forma de inclusão", afirma.
Em pouco mais de três
meses, Francisco vai precisar renovar a validade do cartão no programa,
e a possibilidade de fazer tudo pelo computador agradou. "É bem melhor,
não precisa ficar saindo de casa pra resolver esse tipo de burocracia.
Para quem é cadeirante como eu, facilita muito a vida".
Atualmente,
o Passe Livre beneficia 200 mil brasileiros, mas o potencial é de
atender a pelo menos 2,5 milhões de pessoas, segundo estimativas do
cadastro de Benefício de Prestação Continuada (BPC) do Ministério da
Previdência Social. Têm direito a solicitar a gratuidade portadores de
deficiência física, mental, auditiva, visual, múltipla, com ostomia ou
doença renal crônica, e cuja renda média da família seja de no máximo um
salário mínimo por pessoa. O Ministério dos Transportes diz que emite
cerca de 8 mil cartões do programa por mês.
Integrante do
Coletivo de Mulheres com Deficiência no Distrito Federal, Agna Cruz, que
também é cadeirante, elogiou o portal do programa Passe Livre na
internet. "De fato, a navegação é muito fácil e intuitiva". O site
traz soluções como leitor de tela para cegos e pessoas com deficiência
visual parcial, além de tradutor de Linguagem Brasileira de Sinais
(Libras) para deficientes auditivos. O layout também tem
linguagem simples, em tópicos e cores para identificar os menus de
informação. Usuária do Passe Livre há sete anos, Agna conta que o
benefício foi importante para custear seu tratamento médico no Hospital
Sarah Kubitschek, em Brasília, quando ela ainda morava em sua cidade
natal, Porto Seguro (BA). "Durante muitos anos, vinha de ônibus fazer o
tratamento para mobilidade na Rede Sarah, em Brasília", explica.
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