O presidente da Turquia, o islamita Recep Tayyip Erdogan, criticou
hoje (23) os Estados Unidos por apoiar as milícias curdas na Síria, ao
denunciar que Washington planeja dar centenas de milhões de dólares a
grupos "terroristas".
"Se você der apoio de 500 ou 550 milhões de
dólares do orçamento aos terroristas, temos que dizer que está correto,
que está em um bom caminho?", acusou Erdogan, em referência ao que a
Turquia considera planos dos EUA para financiar as YPG, uma milícia
curda aliada de Washington contra o jihadista Estado Islâmico (EI).
A
Turquia considera as YPG uma organização terrorista e lançou em janeiro
passado uma ofensiva contra o grupo no cantão sírio de Afrin, que
Erdogan afirmou hoje ficará em breve "limpo de terroristas".
"Este
verão vai ser quente tanto para os terroristas como para quem os
apoia", advertiu o presidente turco, reiterando que, uma vez concluída a
operação em Afrin, as tropas turcas irão para Manbij, outra região
síria em mãos das YPG e onde, ao contrário de Afrin, há presença de
forças da coalizão internacional contra o Estado Islâmico liderada pelos
Estados Unidos.
"Primeiro limparemos Manbij de terroristas e
depois transformaremos o leste do (rio) Eufrates em uma região segura
para nós e nossos irmãos e irmãs sírias", afirmou Erdogan.
O
presidente turco disse que, após 35 dias de operação militar, a Turquia
já controla 415 quilômetros quadrados em Afrin, aproximadamente 20% do
território.
"Espero que em pouco tempo possamos limpar Afrin de
terroristas e deixar que centenas de milhares de sírios que vivem no
nosso país retornem aos seus lares", afirmou.
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