quarta-feira, junho 12, 2019

Ação do Estado em negociações leva Uruguai à "lista curta" da OIT.

Pela primeira vez, o Uruguai entrou para a chamada "lista curta" da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A lista, da qual fazem parte 24 países, entre eles o Brasil, inclui nações denunciadas por violação às normas internacionais do trabalho.

No caso uruguaio, a OIT condena o modo como o país realiza negociações coletivas, de maneira tripartite, com representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores.

A OIT insiste, há anos, que o Uruguai deveria privilegiar a negociação entre empresas e empregados no que se refere às condições de trabalho e aumentos de salários. No entanto, o país optou por negociações tripartites, envolvendo o governo nas discussões.

Favorável ao tripartidarismo, o ministro do Trabalho do Uruguai, Ernesto Murro, afirmou, em um vídeo gravado em Genebra, que continuará defendendo os interesses do país, apelando ao diálogo, à democracia e ao tripartidismo.

"Lamentamos que alguns representantes empresariais e a União Internacional de Empresários tenham questionado o Uruguai pelo sistema de Negociação Coletiva. Nós vamos defender o nosso Sistema de Negociação Coletiva, que tem 76 anos de existência, desde 1943, e que é um escudo, uma defesa para os trabalhadores, e em particular para os mais frágeis, menos sindicalizados", afirmou o ministro.

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