Pela primeira vez, o Uruguai entrou para a chamada "lista curta" da
Organização Internacional do Trabalho (OIT). A lista, da qual fazem
parte 24 países, entre eles o Brasil, inclui nações denunciadas por
violação às normas internacionais do trabalho.
No caso uruguaio, a OIT condena o modo como o país realiza
negociações coletivas, de maneira tripartite, com representantes do
governo, das empresas e dos trabalhadores.
A OIT insiste, há anos, que o Uruguai deveria privilegiar a
negociação entre empresas e empregados no que se refere às condições de
trabalho e aumentos de salários. No entanto, o país optou por
negociações tripartites, envolvendo o governo nas discussões.
Favorável ao tripartidarismo, o ministro do Trabalho do Uruguai,
Ernesto Murro, afirmou, em um vídeo gravado em Genebra, que continuará
defendendo os interesses do país, apelando ao diálogo, à democracia e ao
tripartidismo.
"Lamentamos que alguns representantes empresariais e a União
Internacional de Empresários tenham questionado o Uruguai pelo sistema
de Negociação Coletiva. Nós vamos defender o nosso Sistema de Negociação
Coletiva, que tem 76 anos de existência, desde 1943, e que é um escudo,
uma defesa para os trabalhadores, e em particular para os mais frágeis,
menos sindicalizados", afirmou o ministro.
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