Além do ex-juiz federal e hoje ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sérgio Moro, e do procurador da República Deltan Dallagnol, os
celulares de pelo menos outras oito autoridades que atuam ou atuaram em
investigações ligadas à Operação Lava Jato em quatro estados foram alvo
de tentativa ou de invasão consumada por hackers. Entre eles, estão
juízes, desembargadores e até o ex-procurador-geral da República Rodrigo
Janot. Há também registro de um jornalista que teve seu celular
vasculhado por invasores.
Em ofício encaminhado nesta
quarta-feira, 12, à Polícia Federal, a procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, solicitou a unificação da investigação “de forma que possa
esclarecer, além do modo de atuação criminoso, os motivos e eventuais
contratantes de um ataque cibernético sistemático contra membros do
Ministério Público Federal, principalmente aqueles que atuam nas
forças-tarefa da Lava Jato do Rio e Curitiba”. Como revelou o Estado, a
PF instaurou quatro inquéritos para apurar as invasões. Cada um deles
tem mais de uma pessoa atingida.
Entre os magistrados que podem ter tido seus celulares invadidos,
estão o desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da Lava
Jato no Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2); o juiz Flávio
de Oliveira Lucas, que atou como substituto nas férias de Gomes; e a
juíza federal Gabriela Hardt, que substituiu Moro na 13.ª Vara Federal
de Curitiba entre novembro de 2018 e abril de 2019. Os procuradores são
Thaméa Danelon, ex-coordenadora da força-tarefa da Lava Jato em São
Paulo, Andrey Borges, Marcelo Weitzel e Danilo Dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário