Levantamento feito pelo Ministério da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos revelou que, no ano passado, o Disque 100 registrou um
aumento de 13% no número de denúncias sobre violência contra idosos, em
relação ao ano anterior. De acordo com a assessoria de imprensa da
pasta, o serviço de atendimento recebeu 37.454 notificações, sendo que a
maioria das agressões foi cometida nas residências das vítimas (85,6%),
por filhos (52,9%) e netos (7,8%).
Divulgado na terça-feira
(11), o levantamento mostra que a suscetibilidade das mulheres idosas é
maior. Elas foram vítimas em 62,6% dos casos e os homens, em 32,2%. Em
5,1% dos registros, o gênero da vítima não foi informado.
Quanto à faixa etária, os dois perfis que predominam são de pessoas
com idade entre 76 e 80 anos (18,3%) e entre 66 e 70 anos (16,2%). O
relatório também destaca que quase metade das vítimas (41,5%) se
declarou branca, 26,6% eram pardas, 9,9% pretas e 0,7% amarelas. As
vítimas de origem indígena representam 0,4% do total.
As violações
mais comuns foram a negligência (38%); a violência psicológica (26,5%),
configurada quando há gestos de humilhação, hostilização ou
xingamentos; e a violência patrimonial, que ocorre quando o idoso tem
seu salário retido ou seus bens destruídos (19,9%). A violência física
figura em quarto lugar, estando presente em 12,6% dos relatos levados ao
Disque 100. O ministério informa que, em alguns casos, mais de um tipo
de violência foi cometido e, portanto, comunicado à central.
A pasta detalhou a forma como as ocorrências se distribuem
geograficamente. O estado de São Paulo aparece em primeiro lugar na
lista, concentrando 9.010 dos casos reportados. O estado de Minas Gerais
ocupa a segunda posição, com 5.379 registros, seguido por Rio de
Janeiro, com 5.035 e Rio Grande do Sul, que responde por 1.919
ocorrências.
Nenhum comentário:
Postar um comentário