A inflação desacelerou para todas as classes sociais, especialmente
para a faixa de renda mais baixa, informou hoje (14) o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o Indicador Ipea de Inflação
por Faixa de Renda, em maio houve desaceleração pelo segundo mês
consecutivo.
De acordo com o Ipea, a deflação no preço dos alimentos beneficiou as
famílias de renda mais baixa, que tiveram inflação de 0,10%, enquanto
as famílias mais ricas tiveram inflação de 0,18%. No acumulado em 12
meses, de junho de 2018 a maio de 2019, a inflação das famílias mais
pobres é de 5,05%, superior à taxa de 4,4% das famílias com maior poder
aquisitivo.
A pesquisa mostra que, dos 16 subgrupos que compõem o segmento de
alimentação no domicílio, 10 apresentaram deflação em maio. Os itens com
as maiores quedas de preço foram tubérculos (-,3%), hortaliças (-4,6%),
cereais (-5,0%) e frutas (-2,9%). Os produtos têm maior peso na cesta
de consumo das famílias mais pobres. Por isso, a queda nos preços ajudou
a anular, em parte, os efeitos da alta de energia elétrica (2,2%), gás
de botijão (1,4%) e produtos farmacêuticos (0,82%), diz o Ipea.
O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda é calculado
mensalmente, com base nas variações de preços de bens e serviços
disponibilizados pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor
(SNIPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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