Os efeitos positivos no Brasil do combate ao tabagismo podem se
perder, em parte, caso os cigarros eletrônicos tenham a venda liberada
no país. A coordenadora do Comitê de Controle do Tabagismo da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, Jaqueline Scholz, disse que é preciso manter a
proibição, porque os impactos desse produto são maiores do que os dos
cigarros convencionais. Para a médica, seria um grande retrocesso a
abertura do mercado a esses produtos.
“Toda essa política antitabaco, de prevenção e de cessação poderia
ser perdida, na medida em que você vem com outros produtos que ainda não
estão queimados porque não existe trabalho do ponto de vista de saúde
pública mostrando o impacto do real dano que isso vai provocar”, disse
em entrevista à Agência Brasil.
De acordo com a médica, o Juul, que é tipo de cigarro aquecido no formato de um pen drive,
vendido nos Estados Unidos, além de causar mais dependência, libera uma
quantidade maior de nicotina. Segundo a coordenadora, lá, a FDA [Food
and Drug Administration], agência federal do Departamento de Saúde e
Serviços Humanos está preocupada com os jovens que são a maioria dos
consumidores desse produto.
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