Passaram-se quatro anos entre o dia em que o funcionário público
Eduardo Furquim, 53 anos, decidiu parar de fumar e o momento em que ele
largou definitivamente o cigarro. “O vício já estava bem impregnado. Eu
conseguia diminuir a quantidade por dia, mas não conseguia parar”,
disse. Ele aponta que o grupo de apoio, junto com outros fumantes, que
ele frequentou durante oito meses, na Freguesia do Ó, zona leste
paulistana, foi fundamental para superar o tabagismo. A doença mata 428
pessoas por dia no Brasil, segundo informações do Instituto Nacional do
Câncer (Inca), órgão do Ministério da Saúde. Ontem (29) é celebrado o Dia
Nacional de Combate ao Fumo.
Furquim fez parte do Programa Municipal de Combate ao Tabagismo,
ofertado em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Atenção
Psicossocial (Caps), do Sistema Único de Saúde (SUS). Além do uso de
medicamentos no tratamento antitabaco, são oferecidos serviços
complementares, como grupos terapêuticos, trabalhos corporais,
atividades físicas e práticas de medicina tradicional chinesa. Em São
Paulo, o programa funciona desde 2006 e atendeu, até agora, 76.730
pacientes utilizando uma abordagem cognitiva comportamental.
Ao longo de 8 meses, o funcionário público encontrou outras pessoas
que também tentavam interromper o vício. “Foram reuniões semanais,
depois quinzenais e, por fim, mensais. A gente discutia quais eram as
dificuldades, o que dava aquele start em cada um para dar vontade de
fumar. O grupo teve um papel fundamental. As dificuldades que eu tinha,
eu achava que eram só minhas. E isso era debatido no grupo e via que não
era assim”, disse. Para acessar esses serviços, é preciso procurar a
UBSs mais próxima.
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