O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse nesta
terça-feira (13.dez.2022) que a regra do teto de gastos não é confiável.
A norma criada no governo de Michel Temer (MDB) limitou o crescimento
das despesas da União pela inflação, mas foi alterada diversas vezes na
gestão de Jair Bolsonaro (PL). Primeiro, por causa da pandemia. Depois,
para turbinar o Auxílio Brasil e outros vouchers.
“Eu fui crítico do teto de gastos porque eu entendia que aquela regra não era confiável”, disse. “Quando você põe uma regra que não consegue executar, você coloca em risco o próprio arcabouço fiscal”.
Indicado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Haddad afirmou que vai propor um novo sistema de controle das contas públicas.
O petista disse que a nova regra deve permitir o financiamento de programas do governo e a sustentabilidade da dívida pública, próxima de R$ 6 trilhões.
Haddad elogiou a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada em 2000. Segundo ele, ela é boa porque é exequível. Porém, disse que a norma é insuficiente. Afirmou que proporá uma nova regra junto ao debate da reforma tributária.
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