O dado é do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e traz os números de 2021.
As perdas até diminuíram. Mas pouco, menos de um ponto percentual. Em 2020, elas representavam 40,1% de tudo o que era captado. Em 2021, ficou em 39,3. Em 2014, o volume de água desperdiçado não chegava a 37%.
Para o futuro, a meta do Ministério do Desenvolvimento Regional é que, até 2034, o total de perdas fique em 25%. Pelos cálculos do coordenador de Gestão Integrada da pasta, Paulo Rogério dos Santos, isso pode significar uma economia de R$ 6 bilhões por ano.
"Se nós reduzíssemos hoje esse percentual de perdas para 25%, nós deixaríamos de gastar R$ 6 bilhões/ano. Então, é um valor expressivo. Essa é uma prática que precisamos corrigir ou pelo menos melhorar esses resultados o quanto antes."
Para o secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento, Sérgio Gonçalves, dinheiro jogado fora que poderia ser investido na melhoria do sistema. "É muito dinheiro, né, gente. O setor não tem R$ 6 bilhões de investimento nestes últimos anos, mais fortemente, como dinheiro já próprio".
Só para se ter uma ideia, em 2021, as empresas públicas e privadas de abastecimento de água não chegaram a investir R$ 8 bilhões. As maiores perdas são nas regiões Norte, onde mais da metade, 51% do que é captado, é desperdiçado, e Nordeste, onde as perdas chegam a 46%. Mesmo no Sudeste, que tem a maior cobertura de abastecimento, o desperdício fica em 38%.
O volume de água jogada fora seria suficiente para atender 100% da população brasileira. Hoje, a cobertura com água encanada é de cerca de 84%.
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