As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vêm se expressando de maneira ordeira. Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado”, escreveu Lira, referindo-se ao tumulto da véspera e acrescentando que a tradição democrática brasileira “passa pela ordem e paz”.
Na noite passada, manifestantes que seriam apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, muitos deles integrantes do grupo que permanece acampado em frente ao Quartel General do Exército, protestando contra o resultado das eleições presidenciais, tentaram invadir a sede da Polícia Federal, no início do bairro Asa Norte. Os atos de vandalismo ocorreram faltando 20 dias para a posse de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ambos diplomados na segunda-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Contido pela Polícia Militar, o grupo chegou a tomar as ruas da área central, bloqueando o trânsito e incendiando ao menos oito veículos, incluindo ônibus. A PM agiu para conter a baderna, chegando inclusive a usar bombas de efeito moral e gás pimenta, mas ninguém foi preso. Em nota divulgada hoje, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que ninguém foi detido porque as forças de segurança agiram de forma a dispersar a manifestação, procurando “reduzir danos e evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”.
Na nota, a pasta também assegura que o policiamento na área central foi reforçado, inclusive nas imediações do hotel em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado, no início da Asa Sul, a pouco mais de 1 quilômetro do ponto onde começou o tumulto de ontem.
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