Joaquim sumiu na madrugada de terça-feira (5)
O menino Joaquim Ponte Marques, de 3
anos, pode ter morrido por um erro na aplicação de insulina, é o que
afirma o delegado seccional João Osinski Júnior, diretor do Departamento
de Polícia Judiciária do Interior. Ontem, em Ribeirão Preto, interior
de São Paulo, Osinski afirmou que a hipótese é a mais provável, uma vez
que a necrópsia feita pelo Instituto Médico Legal apontou que a criança
não apresentava sinais de violência no corpo.
Joaquim era diabético e havia iniciado o
tratamento em setembro. O delegado pediu agilidade na conclusão dos
laudos toxicológicos para verificar se ele tinha ou não excesso de
insulina no corpo.
A mãe de Joaquim, Natália Ponte, e o padrasto dele, Guilherme Longo, foram presos, anteontem, após o corpo ter sido encontrado no Rio Pardo, em Barretos, São Paulo. Eles são suspeitos no desaparecimento e na morte do menino, e alegam inocência.
“Logicamente, pode ter sido aplicado
mais insulina do que deveria, pode-se ter deixado de aplicar a insulina,
ou qualquer outra intercorrência nesse meio tempo que possa ter levado
ao desespero do casal e a esse ato”, disse.
No depoimento, a mãe disse que tanto ela quanto o marido aplicavam a
insulina a cada sete horas. A polícia também apura as possibilidades de
morte por envenenamento.
Osinski reforçou que dificilmente o
menino foi agredido antes de morrer, e que ele já estava morto quando
foi jogado no córrego Tanquinho, próximo à casa onde vivia. “Não há
sinal de fratura no corpo. As marcas de violência externa que existem
são resultantes do choque do corpo com as pedras e com os galhos do
fundo do rio”, afirmou.
Para o delegado, não só o padrasto de
Joaquim deve ser considerado principal suspeito. “Acredito que o casal
seja um forte suspeito, porque, na pior das hipóteses, eles tinham culpa
in vigilando porque uma criança de 3 anos está sob a guarda e
responsabilidade dos pais e, portanto, eles têm que saber o que
realmente aconteceu”, pontuou.
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