Mais uma vez um grupo de pessoas tentou fazer justiça com as próprias
mãos na Zona Sul do Rio. Um jovem de 17 anos foi amarrado e teria sido
espancado após cometer um assalto na Rua General Polidoro, próximo à Rua
da Passagem, em Botafogo, na manhã desta quarta-feira. Um grupo de
moradores queria o linchamento do assaltante, enquanto outras pessoas
tentavam impedir a agressão.
A ação dos justiceiros começou quando
uma jovem, vítima do roubo, gritou pedindo ajuda. Enquanto o ladrão
tentava escapar, alguns carros tentaram atropelá-lo para impedir a fuga.
Os justiceiros conseguiram alcançá-lo e, segundo contou uma
moradora que presenciou a cena, iniciaram o linchamento na Rua General
Polidoro. O assaltante teve os pés e mãos amarrados.
Um homem chegou a colocá-lo no porta-malas de um carro particular,
mas foi demovido da ideia por um grupo de moradores, que pedia a
presença da polícia.
Houve forte discussão
entre apoiadores do linchamento e pessoas que tentavam impedir a
agressão. O pai da menina que teve o celular furtado chegou a defender o
jovem espancado, afirmando que era papel da polícia detê-lo, e não da
população.
Cerca de vinte minutos após a confusão, a polícia
chegou ao local, desamarrou o jovem e o conduziu junto com a vítima do
roubo para a 10ª DP (Botafogo), onde o caso foi registrado como furto.
Apesar da agressão (o rapaz tinha marcas de sangue no rosto), nenhuma
pessoa foi detida.
Segunda a vítima, que não quis se identificar,
ela saia de casa para trabalhar falando ao celular, quando o
adolescente, em uma bicicleta, a roubou. Assustada, ela gritou, e
pedestres que passavam pela rua conseguiram alcançar o jovem. Ainda de
acordo com a vítima, para que o assaltante entregasse o celular que
roubara dela, alguns pedestres chegaram a dar uns tapas no adolescente.
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