Vitamina E: Órgão aconselha que nutriente seja obtido principalmente pela alimentação, e não por suplementos(Thinkstock)
Pessoas saudáveis não devem tomar
suplementos de vitamina E ou de betacaroteno para prevenir doenças
cardíacas ou câncer. Além das cápsulas não terem benefícios comprovados,
evidências sugerem que elas podem prejudicar a saúde. A recomendação da
Força-tarefa de Serviços de Prevenção dos Estados Unidos (USPSTF, na
sigla em inglês), publicada nesta segunda-feira, é resultado de uma
revisão das pesquisas científicas recentes sobre o uso de vitaminas.
VITAMINA E
O nutriente é conhecido por proteger as células contra lesões provocadas pelos radicais livres. Sua deficiência é rara em crianças mais velhas e em adultos. A vitamina E pode ser encontrada em óleo vegetal, verduras, gema de ovo, margarina e legumes.
O órgão reconhece que há fortes
evidências de que os suplementos de betacaroteno aumentam o risco de
câncer no pulmão em pessoas com predisposição à doença.
No caso da vitamina E, os dados
disponíveis não confirmam se os suplementos podem proteger contra câncer
e doenças cardíacas. Esses estudos, porém, não afirmam que a vitamina E
prejudique a saúde — o que já foi apontado por diversos estudos
recentes.
Uma pesquisa japonesa publicada em 2012 na revista científica Nature,
por exemplo, concluiu que suplementos de vitamina E podem enfraquecer
os ossos. Segundo o estudo, feito em ratos, altas doses do nutriente
incentivam a produção de osteoclastos, células que deterioram os tecidos
ósseos, levando à perda de massa óssea. Em outra pesquisa, feita em
2005 na Escola de Medicina Johns Hopkins, nos Estados Unidos, cientistas
encontraram um aumento nos índices de mortalidade relacionada à
ingestão de vitamina E.
No texto da USPSTF, divulgado na revista Annals of Internal Medicine,
os especialistas americanos assumem que as vitaminas são essenciais
para a saúde em geral das pessoas. Mas, como os benefícios dos
suplementos ainda são incertos, o ideal é que os indivíduos obtenham a
maior parte dos nutrientes por meio de uma alimentação saudável, que
deve ser composta por muitas frutas, vegetais, grãos integrais e
produtos com baixo teor de gordura. Isso não vale para pessoas com
necessidades especiais de determinadas vitaminas – nesses casos, os
suplementos se fazem necessários.
A última recomendação da USPSTF sobre a ingestão de suplementos vitamínicos havia sido publicada em 2003.
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