Governo Federal cria programa de venda de sementes cultivadas por pequenos agricultores.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) junto com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizaram a primeira reunião nesta quarta-feira (21), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para discutir o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que vai estimular a comercialização de sementes produzidas por pequenos agricultores que fazem parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O encontro teve o objetivo de discutir as metas e fazer estudos para saber quais são os municípios que serão atendidos.

O PAA Sementes, como é chamado, vai estimular o comércio de assentamentos, quilombolas e tribos indígenas existentes no Rio Grande do Norte. A Conab pode comercializar até R$ 16 mil com o agricultor e se o mesmo for ligado as associações familiares ou cooperativas este valor pode subir para R$ 6 milhões.

De acordo com Dário Andrade, da Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário, órgão do MDA, os agricultores familiares poderão produzir sementes e os excedentes serão comprados a preço de mercado e vendidos para outros produtores rurais.

“A gente vai iniciar o ano de 2015 tentando implementar o programa no Rio Grande do Norte. Nós sabemos que existem fatores que podem comprometer a efetividade do PAA Sementes, como a questão climática e ausência de chuvas, que pode trazer um prejuízo com o estoque de sementes na agricultura familiar”, comentou Dário Andrade.

O delegado explicou que a quantidade de municípios vai depender da demanda de produção de sementes em cada cidade. “Esses excedentes de sementes vão nos ajudar a atingir aos municípios do Rio Grande do Norte”, explicou.

Já o Incra vai ajudar a mapear os assentamentos aptos a participar. “Atualmente, o Rio Grande do Norte produz todos os tipos de sementes e nossa função é identificar quais são os locais que estão produzindo e vendendo esses produtos nos assentamentos”, enfatizou Vinicius Ferreira, superintendente do Incra no Rio Grande do Norte.

A criação do programa era um pedido bastante antigo dos representantes dos trabalhadores rurais, uma vez que é uma forma de estimular o desenvolvimento na agricultura e na economia do estado.