quinta-feira, janeiro 22, 2015

PNEUMONIA AUMENTA RISCO DE INFARTO E DERRAME.

pulmão
Pneumonia: pessoas acima de 65 anos têm quatro vezes mais risco de desenvolver uma doença cardiovascular nos primeiros 30 dias depois da infecção (Thinkstock/VEJA)

Pacientes que foram hospitalizados por pneumonia têm maior risco de sofrer um ataque cardíaco ou um derrame nas semanas ou meses seguintes à internação. A revelação é de um estudo publicado nesta terça-feira no periódico Jama.

Os pesquisadores avaliaram dados de 3.813 pessoas, divididas em dois grupos: um de 45 a 64 anos e outro com mais de 65 anos. Ao comparar ao longo de dez anos 1.271 pacientes com pneumonia com 2.542 pacientes do grupo de controle (separados pelas idades), os especialistas descobriram que os primeiros tinham um risco maior de sofrer problemas cardíacos.

No grupo de 65 anos ou mais, o paciente com pneumonia apresentava quatro vezes mais probabilidade de desenvolver uma doença cardiovascular nos primeiros 30 dias depois da infecção. Já no grupo mais jovem, o risco de doença cardiovascular foi 2,4 vezes maior nos primeiros 90 dias depois da hospitalização.

Essa elevação significa, por exemplo, que a probabilidade de uma mulher de 72 anos com dois fatores de risco para doenças cardiovasculares (como hipertensão e tabagismo) sofrer um infarto ou um derrame aumenta de 31% para 90% caso ela seja internada por pneumonia.

“Devemos fazer todo o possível para prevenir casos de pneumonia por meio de vacinação e medidas como lavar as mãos, sobretudo entre idosos com outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, como diabetes, tabagismo e colesterol alto”, afirma o infectologista Vicente Corrales-Medina, professor assistente da Universidade de Ottawa, no Canadá, e principal autor do estudo.

Corrales-Medina acrescenta que, uma vez que a pneumonia ocorra, os médicos devem ficar atentos ao fato de que esses pacientes têm mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares. “Os cuidados podem incluir exames e estratégias de prevenção para enfermidades do coração.” Via Veja.

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