A morte do embaixador da Grécia no
Brasil, Kyriankos Amiridis, foi decorrente de crime passional,
envolvendo sua esposa, embaixatriz Françoise de Souza Oliveira, que já
está presa. A informação foi confirmada pelo delegado Evaristo Pontes,
da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), resonsável
pelas investigações, durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira
(30).
O carro que o embaixador dirigia foi
encontrado queimado, na manhã de ontem (29), embaixo de um viaduto do
Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu. Dentro, estava o corpo carbonizado
do diplomata.
Segundo o delegado, Amiridis foi morto
dentro de sua casa, em Nova Iguaçu, pelo policial militar Sergio Gomes
Moreira Filho, amante da embaixatriz, e depois levado para o carro,
enrolado em um tapete, com a ajuda do primo do PM, Eduardo Moreira de
Melo.
O PM aparece em gravações de câmeras de
segurança, no condomínio do embaixador. Ele e Eduardo confessaram
participação no crime, mas a embaixatriz nega que tenha participado.
Porém, segundo o delegado Pontes, ela foi a mentora intelectual do
assassinato.
Os três tiveram prisão temporária de 30
dias expedida pela Justiça. Uma quarta pessoa, um mototaxista que levou o
PM Moreira até o local onde o carro foi incendiado, está sendo
investigado, mas não teve sua prisão pedida.
Entre as motivações para o crime, pode
estar a apropriação de bens e até de seguro de vida do embaixador, mas
isto ainda está sendo investigado.
O diretor da Divisão de Homicídios do
Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, pediu desculpas ao povo grego
pelo crime, classificado por ele como “cruel, covarde e desarrazoado”.
O diplomata estava desaparecido desde a
última segunda-feira (26). Amiridis morava em Brasília e passava férias
no Rio, onde foi cônsul-geral de 2001 a 2004.
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