Os servidores públicos de Natal não
cobram apenas os salários atrasados. Em greve, a maioria pede ao menos
atenção e sensibilidade do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Na
segunda-feira (19), ele adiou uma audiência marcada com os trabalhadores
para esta quarta (21), às 10 horas, na sede da Prefeitura. Para o
Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat), a atitude reforça
a postura “arrogante” do gestor.
“Soubemos do cancelamento da audiência
de ontem (19) pelo chefe do gabinete civil. Ele disse que a Prefeitura
está aguardando confirmação de receitas. Essas coisas. Mas quem está em
crise deveria dialogar. A postura do prefeito é de bastante arrogância.
Se conta nos dedos as vezes que ele nos atendeu”, desabafa Soraya
Godeiro, coordenadora geral do Sinsenat.
A situação se complica a cada dia.
Soraya conta que na última segunda os agentes de saúde aderiram à greve e
adianta que já nesta quinta-feira (22) a Guarda Municipal também vai
cruzar os braços. “Olha, praticamente todos os serviços públicos vão ser
paralisados”, relata a coordenadora.
Fato é que tem servidor sem condições se
quer de ir ao trabalho. Conforme informou o Sinsenat, mesmo estando no
fim de dezembro, ninguém recebeu o salário de novembro ainda. A exceção
são os professores em razão de recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb).
De acordo com o sindicato, falta
dinheiro para pagar as contas, fazer as compras de fim de ano e até para
ir ao trabalho ou mesmo para as manifestações feitas pelos
trabalhadores. “Não é nenhum exagero. Tem depoimento de gente que não
tem mais nada em casa”, lamenta Soraya. Via P no AR.
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