Até poucos anos, quem contratasse
Vanderlei Luxemburgo, Joel Santana, Oswaldo de Oliveira, entre outros,
mais do que contratar um técnico, estava levando ao clube uma grife e a
certeza de que bons resultados estavam por vir. Hoje, os experientes
treinadores sofrem desdém, são chamados de “dinossauros”, antiquados e
rejeitados pela maioria dos dirigentes e torcedores. Quem dita o ritmo
do futebol brasileiro para 2017 é uma nova geração.
Nesta segunda-feira, o Vitória descartou
a possibilidade de contratar Vanderlei Luxemburgo, de 64 anos. A
Chapecoense, em meio à tragédia com o avião da equipe, preferiu
contratar e pagar por Vagner Mancini, de 50, do que acertar com Levir
Culpi, de 63, demitido do Fluminense, que se ofereceu para trabalhar de
graça.
Enquanto isso, Roger Machado, de 41
anos, chega ao Atlético Mineiro cheio de moral, assim como Jair Ventura,
de 37, que assumiu o Botafogo no meio do Campeonato Brasileiro, lutando
contra o rebaixamento, se classificou à Copa Libertadores e nesta
segunda-feira renovou contrato até o final de 2018.
O Flamengo aposta em Zé Ricardo, de 45
anos, para jogar a Libertadores, sem cogitar um veterano. O campeão
brasileiro Palmeiras perdeu Cuca, de 53, e foi atrás de Eduardo
Baptista, de 46, que vem de bom trabalho pela Ponte Preta e aparece como
uma das melhores revelações dos últimos anos.
O São Paulo radicalizou e colocou o
ex-goleiro Rogério Ceni, de 43 anos, como técnico, depois de não
conseguir grandes feitos com Ricardo Gomes, de 52. E o Grêmio acaba de
ser campeão da Copa do Brasil com Renato Gaúcho, de 54, como treinador.
Enquanto isso, Vanderlei Luxemburgo
continua desempregado após ser demitido do Tianjin Quanjian, equipe que
nesta temporada conseguiu o acesso à primeira divisão da China, em
junho. Joel Santana, de 67 anos, após ficar três temporadas sem clube,
acertou com o modesto Boavista, que disputa o Campeonato Carioca
Oswaldo de Oliveira, de 66 anos, deixou o
Corinthians tendo, dentre outras reclamações, o fato de demonstrar um
trabalho antiquado, principalmente nos treinos. Ele gostava de dar
longas atividades, com mais de duas horas, enquanto que os novos
treinadores entendem que o ideal é uma atividade compacta, com, no
máximo 1 hora e 30 minutos.
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