terça-feira, dezembro 20, 2016

Técnicos consagrados perdem espaço e uma nova geração pede passagem no Brasil.

Até poucos anos, quem contratasse Vanderlei Luxemburgo, Joel Santana, Oswaldo de Oliveira, entre outros, mais do que contratar um técnico, estava levando ao clube uma grife e a certeza de que bons resultados estavam por vir. Hoje, os experientes treinadores sofrem desdém, são chamados de “dinossauros”, antiquados e rejeitados pela maioria dos dirigentes e torcedores. Quem dita o ritmo do futebol brasileiro para 2017 é uma nova geração.

Nesta segunda-feira, o Vitória descartou a possibilidade de contratar Vanderlei Luxemburgo, de 64 anos. A Chapecoense, em meio à tragédia com o avião da equipe, preferiu contratar e pagar por Vagner Mancini, de 50, do que acertar com Levir Culpi, de 63, demitido do Fluminense, que se ofereceu para trabalhar de graça.

Enquanto isso, Roger Machado, de 41 anos, chega ao Atlético Mineiro cheio de moral, assim como Jair Ventura, de 37, que assumiu o Botafogo no meio do Campeonato Brasileiro, lutando contra o rebaixamento, se classificou à Copa Libertadores e nesta segunda-feira renovou contrato até o final de 2018.

O Flamengo aposta em Zé Ricardo, de 45 anos, para jogar a Libertadores, sem cogitar um veterano. O campeão brasileiro Palmeiras perdeu Cuca, de 53, e foi atrás de Eduardo Baptista, de 46, que vem de bom trabalho pela Ponte Preta e aparece como uma das melhores revelações dos últimos anos.

O São Paulo radicalizou e colocou o ex-goleiro Rogério Ceni, de 43 anos, como técnico, depois de não conseguir grandes feitos com Ricardo Gomes, de 52. E o Grêmio acaba de ser campeão da Copa do Brasil com Renato Gaúcho, de 54, como treinador.

Enquanto isso, Vanderlei Luxemburgo continua desempregado após ser demitido do Tianjin Quanjian, equipe que nesta temporada conseguiu o acesso à primeira divisão da China, em junho. Joel Santana, de 67 anos, após ficar três temporadas sem clube, acertou com o modesto Boavista, que disputa o Campeonato Carioca

Oswaldo de Oliveira, de 66 anos, deixou o Corinthians tendo, dentre outras reclamações, o fato de demonstrar um trabalho antiquado, principalmente nos treinos. Ele gostava de dar longas atividades, com mais de duas horas, enquanto que os novos treinadores entendem que o ideal é uma atividade compacta, com, no máximo 1 hora e 30 minutos.

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