Em abril, o presidente Michel Temer
alcançou a maior taxa de rejeição do seu governo, com 87%, segundo
pesquisa Pulso Brasil, realizada pela Ipsos. Comparando o número atual
de reprovação do peemedebista com o de março, percebe-se uma elevação de
nove pontos percentuais neste quesito (de 78% para 87%). Já o indicador
de favorabilidade a Temer teve queda de sete pontos percentuais de um
mês para outro (de 17% para 10%). O levantamento também revela que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reverteu seu crescimento de
popularidade. A desaprovação ao petista aumentou cinco pontos
percentuais em abril na comparação com o mês anterior e atingiu 64%,
enquanto sua aprovação caiu quatro pontos percentuais passando de 38%
para os atuais 34%.
“Os indicadores são muito ruins para
Michel Temer. A ascensão de Lula parece ter sido atingida pelas delações
da Odebrecht e sua desaprovação voltou a subir. Todos os demais
políticos tiveram piora, o que abre um espaço cada vez maior para
outsiders”, comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs,
responsável pelo Pulso Brasil.
A pesquisa avaliou outros politicos,
entre os quais o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha,
que continua sendo o mais rejeitado, com índice de 90%, seguido pelo
Michel Temer com 87%, pelo senador Renan Calheiros, que soma 82%, e pela
ex-presidente Dilma Rousseff que possui 77% de reprovação.
Analisando os números de nomes que já se
candidataram à presidência, Aécio Neves se destaca, negativamente, como o
tucano com maior taxa de desaprovação – 76%, alta de dois pontos
percentuais sobre o mês passado. Na sequência, está José Serra – que
manteve os 70% de março – e por último, Geraldo Alckmin com 68%
(acréscimo de um ponto percentual). Marina Silva, da REDE, é a única que
teve uma melhora em abril, com 58% de rejeição (queda 4% em relação a
última edição do estudo).
Outras personalidades também foram
analisadas quanto ao índice de desaprovação e aprovação, como Rodrigo
Maia (53% e 3%, respectivamente); Ciro Gomes (52% e 11%,
respectivamente); Romário (51% e 18%, respectivamente); Romero Jucá (50%
e 3%, respectivamente); Henrique Meirelles (50% e 5%, respectivamente);
Jair Bolsonaro (48% e 9%, respectivamente); Jeans Wyllys (46% e 4%,
respectivamente); Marcelo Crivella (46% e 12%, respectivamente); Roberto
Justus (45% e 14%, respectivamente); Alexandre de Moraes (43% e 6%
respectivamente); Gilmar Mendes (43% e 3% respectivamente); Paulo Skaf
(43% e 5%, respectivamente); Rodrigo Janot (43% e 21%, respectivamente);
João Dória (40% e 14%, respectivamente) e Carmem Lúcia (34% e 23%,
respectivamente).
O estudo ainda aponta uma piora na
avaliação do governo federal, já que 75% dos brasileiros classificam-no
como ruim e péssimo. A opinião pública continua com percepção muito
negativa da situação do país – para 92% dos entrevistados, o Brasil está
no rumo errado.
A pesquisa da Ipsos contou com 1200
entrevistas presenciais em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é
de 3 pontos percentuais.
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