Indígenas que estão acampados na
Esplanada dos Ministérios protestaram hoje (25) em frente ao Congresso
Nacional e, ao tentar entrar no prédio, foram impedidos pela Polícia
Militar, que atirou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo.
Após a confusão na entrada da Chapelaria,
um dos acessos ao Congresso Nacional, os índios voltaram a ocupar o
gramado em frente ao prédio e fecharam as pistas dos dois sentidos da
Esplanada dos Ministérios.
O grupo deixou cerca de 200 caixões
pretos no local para simbolizar o “genocídio dos povos indígenas”, em
uma crítica à bancada ruralista no Congresso.
Os indígenas participam do Acampamento
Terra Livre 2017, mobilização nacional para cobrar direitos e políticas
públicas para os povos tradicionais.
O protesto de hoje começou em frente ao
Teatro Nacional, de onde os indígenas saíram em marcha em direção ao
Congresso usando roupas típicas, levando objetos tradicionais de suas
tribos e faixas como dizeres como “Não ao retrocesso dos direitos
indígenas” e “Retire os madeireiros das terras indígenas”.
As principais reivindicações da
mobilização este ano são a retomada das demarcações de terras indígenas,
o fortalecimento de órgãos de política indigenista como a Fundação
Nacional do Índio (Funai) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena
(Sesai), do Ministério da Saúde; e o combate ao avanço da mineração em
áreas indígenas, principalmente na Região Norte.
De acordo com a Articulação dos Povos
Indígenas do Brasil (Apib), 4 mil pessoas participaram da marcha. De
acordo com a Polícia Militar, eram 2 mil no início do protesto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário