O Conselho de Ética do Senado terá cinco dias úteis, a partir desta
terça-feira (20), para decidir se aceita ou não o pedido de abertura de
processo que pede a cassação do mandato do senador afastado Aécio Neves
(PSDB-MG). O presidente do Conselho, senador João Aberto Souza
(PMDB-MA), só tomou conhecimento hoje (19) da representação contra Aécio
Neves.
O pedido foi apresentado pela Rede e pelo PSOL depois que
Aécio foi citado na delação premiada do empresário Joesley Batista, um
dos donos do grupo JBS. Os partidos oposicionistas argumentam que houve
quebra de decoro parlamentar pelo senador.
Segundo o depoimento
do empresário, Aécio teria pedido R$ 2 milhões em propina para pagar
despesas com sua defesa no âmbito das investigações da Operação Lava
Jato. A denúncia motivou o afastamento do senador pelo Supremo Tribunal
Federal (STF).
A análise da representação no Conselho de Ética
ocorrerá na mesma semana que o STF deve julgar o segundo pedido de
prisão preventiva do senador. O primeiro pedido de prisão enviada pela
Procuradoria-Geral de República (PGR) foi negado pelo relator do caso,
ministro Edson Fachin, que decidiu somente afastar Aécio das atividades
de senador.
A Procuradoria-Geral da República entrou com um
agravo contra a decisão, ao mesmo tempo em que a defesa do senador
interpôs um agravo para garantir a liberdade dele. O julgamento está
marcado para esta terça-feira (20).
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