A Polícia Federal (PF) pediu há pouco ao Supremo Tribunal Federal
(STF) mais prazo para concluir o inquérito aberto para investigar o
presidente Michel Temer, a partir das delações da JBS. O prazo inicial
para a PF concluir a investigação terminou ontem (19).
Ainda não
foram divulgadas informações sobre o relatório parcial da apuração que
foi enviado para justificar o pedido de aumento do prazo. Além do
presidente Temer, também é investigado no inquérito o ex-deputado
federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
No início do mês, a
investigação já foi prorrogada pela primeira vez a pedido da PF, que
alegou necessidade de mais tempo para concluir as investigações,
iniciadas a partir das citações do nome do presidente nas delações dos
executivos da JBS.
Na sexta-feira (9), o advogado Antônio Mariz
de Oliveira, representante de Temer, informou ao ministro que o
presidente decidiu não responder às perguntas enviadas pela Polícia
Federal no inquérito. Além disso, a defesa pediu o arquivamento das
investigações e fez críticas ao teor do questionário enviado pelos
delegados.
Para a defesa de Temer, o questionário é um “acinte à
sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa” e atenta contra os “direitos
individuais inseridos no texto constitucional”. “ O presidente e
cidadão Michel Temer está sendo alvo de um rol de abusos e de agressões
aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da nação
que colocam em risco a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio
Estado Democrático de Direito”, destaca o documento.
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