Na véspera da apreciação, pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), do pedido de prisão do senador Aécio Neves
(PSDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou na manhã
desta segunda-feira, 19, que o partido tem que aguardar a decisão da
Justiça com “confiança e serenidade” e que pode sair da base do governo
de Michel Temer a qualquer momento.
Segundo Alckmin, o PSDB está acompanhando a crise dia a dia. “Podemos
sair da base a qualquer momento. Sair é deixar de ter ministério, o
que, aliás, eu acho completamente secundário. Quando houve o
impeachment, fui contra que o PSDB ocupasse ministérios, sempre fui. Não
deveria ter entrado, indicando ministros, mas a maioria decidiu”,
ressaltou.
O tucano paulista voltou a dizer que agora o importante é terminar as
reformas. “É o que temos defendido. A reforma trabalhista, que vai
estimular emprego e diminuir a informalidade, deve estar aprovada até o
final do mês. Vamos aguardar a sanção pelo presidente da República. A
reforma previdenciária, logo logo vamos saber o seu destino. É mais
difícil porque é uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição). E a
reforma política é até setembro. Se não for feita até lá não valerá para
a próxima eleição.”
De acordo com Alckmin, há três correntes diferentes dentro do
partido. “Tem aqueles que querem sair imediatamente; aqueles que, assim
como um casamento, é até que a morte dos separe; e a nossa posição, que é
aguardar para completar as reformas, questão de 60, 90 dias. Nosso
compromisso não é com o governo, mas com a retoma do emprego, o
crescimento da economia e da renda da população. Se não saíssemos
imediatamente, iríamos piorar a situação”, afirmou. Logo em seguida,
porém, negou que estivesse dando prazo para uma eventual saída da base.
“Não tem data, estamos acompanhando os fatos dia a dia, podemos sair a
qualquer momento”, repetiu.
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