“Não use essa roupa”, “Não quero você de conversa com homem”, “Não vá
a esse lugar”, “Depois das 22h, não saia de casa”, “Se você não é
minha, não vai ser de mais ninguém”. Essas são algumas frases comuns na
rotina de casais que mantêm um relacionamento abusivo.
As mulheres
são o principal alvo das ofensas. Só nos três primeiros meses deste
ano, das 4.085 vítimas de violência doméstica, apenas 410 foram homens.
Já as mulheres, são 3.675, o que representa 90% do total. Dos autores
identificados, 3.360 são do sexo masculino e 347, do feminino, segundo
levantamento da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social.
O
lado mais perigoso desse conflito leva ao feminicídio. Até se chegar a
esse ponto, no entanto, começam a surgir alguns sinais. O sentimento de
posse sobre o outro leva a pequenas agressões que, mais tarde, podem
culminar em violência física.
Imposições, xingamentos, gritos e
exigências são atitudes cíclicas dentro desse tipo de relação. As
agressões seguem um ciclo. A fase inicial é a de tensão, onde situações
que não deveriam ocorrer começam, como o desejo de controlar o cotidiano
do outro.
A segunda fase é a da agressão — psicológica, sexual ou
física. Logo depois, quando há uma esperança de que essa mulher vá sair
da relação abusiva, chega a fase da reconciliação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário