O juiz federal Sérgio Moro negou hoje (4) o pedido da defesa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender os
interrogatórios do processo sobre a compra de um terreno para o
Instituto Lula e de um imóvel vizinho ao apartamento onde o petista
mora, em São Bernardo do Campo (SP).
Os advogados do
ex-presidente haviam argumentado que necessitavam de mais tempo para
analisar documentos juntados ao processo. A defesa de Lula também
esperava produzir novas provas antes das oitivas das testemunhas.
"Não
há base legal, porém, para a pretensão da defesa de Luiz Inácio Lula da
Silva de requerer tais provas antecipadamente e com isso suspender o
processo para aguardar a produção dessas mesmas provas", argumenta Moro
na decisão. Ele ressaltou, ainda, que os advogados do petista poderão
formular perguntas sobre os documentos anexados pelo Ministério Público
Federal (MPF) e pela defesa da Odebrecht diretamente aos interrogados,
"sendo a manutenção das oitivas também úteis por esse motivo".
Sérgio
Moro também disse que os acusados poderão ser ouvidos novamente no
futuro, caso a defesa de Lula entenda necessário formular questões
complementares sobre os documentos.
Este é o segundo processo a
que o ex-presidente responde no âmbito da Operação Lava Jato. Ele já foi
condenado em primeira instância a nove anos e meio de prisão na ação
penal que julgou a aquisição do apartamento tríplex no Guarujá, litoral
paulista. Lula responde, ainda, a um terceiro processo que envolve um
sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.
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