A maioria dos brasileiros usa o cartão
de crédito em supermercados (62%) e em farmácias (49%), segundo o
indicador de uso do crédito do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao
Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
A terceira maior utilização é para
abastecer o veículos (30%), seguido da aquisição de roupas, calçados e
acessórios (29%), idas a bares e restaurantes (28%) e recargas para
celular pré-pago (20%).
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela
Kawauti, informou, por meio de nota, que as compras em supermercados
são principalmente de mantimentos. Kawauti fez um alerta para que o
consumir fique atento, a fim de evitar juros elevados.
“Independentemente do tipo de aquisição, o
cartão pode ser um aliado do orçamento e não, necessariamente, um
vilão. Tudo depende da maturidade e do grau de organização do seu
usuário. Se ele não pagar a fatura integral e acabar optando pelo
rotativo ou parcelamento, vai arcar com uma taxa de juros que pode
chegar até a 500%, em média”.
O valor médio das faturas em julho
atingiu R$ 883 e mais de um terço dos consumidores (39%) gastaram mais
nesse período. Um total de 33% dos consultados declararam ter mantido o
valor estável e apenas 24% indicaram uma redução.
O levantamento indicou comportamento mais seletivo dos
estabelecimentos comerciais, porque, em 61% dos casos em que o
consumidor tentou fazer compras parceladas, o acesso foi negado. Entre
os principais motivos, estão a inadimplência (9%), renda insuficiente
(3%) e falta de comprovante de renda (3%).
Ainda assim, as compras parceladas foram feitas principalmente por
cartão de crédito (37%), seguido pelo sistema do cartão de lojas (13%).
Entre os consultados, 6% citaram ter entrado no limite do cheque
especial. Outros 4% indicaram ter feito empréstimos, e o mesmo
percentual informou ter recorrido a financiamentos (4%). Mais da metade
das pessoas sondadas (58%) disseram que não fizeram compras e nem
empréstimos neste período.
Para 40% dos entrevistados, está difícil ou muito difícil conseguir
empréstimos e financiamentos. Apenas 18% avaliaram ser fácil ou muito
fácil, sendo que 21% ficaram neutros. Entre os que obtiveram
empréstimos, 34% admitiram ter atrasado parcelas em algum momento e 19%
contaram que estão com parcelas pendentes de pagamento.
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