Auxílio-moradia, auxílio-saúde, carro oficial com motorista, uso de
aviões da Força Área Brasileira (FAB), foro privilegiado… É grande a
lista de regalias bancadas com dinheiro público para autoridades e
membros do Executivo, Legislativo e Judiciário. E parte desses
benefícios já poderia estar extinta – ou pelo menos o pagamento com
limitações e realizado de forma mais transparente – caso projetos em
tramitação na Câmara dos Deputados e Senado já tivessem sido aprovados
pelos parlamentares.
A bola da vez é o auxílio-moradia, aquela verba de R$ 4.377,73 paga
mensalmente a deputados estaduais e federais, senadores, magistrados,
procuradores e promotores de Justiça em todo o país. A verba é
depositada em conta sem qualquer desconto de Imposto de Renda ou
Previdência Social e independentemente de o beneficiário ter casa
própria. A única exceção ao pagamento é se houver imóvel funcional à
disposição do servidor ou ele morar com alguém que já receba o auxílio.
O gasto para morar está na pauta do plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF) para julgamento ainda este mês. Estará em discussão pelos
ministros uma liminar concedida por Luiz Fux em 2014, que estendeu o
auxílio-moradia a todos os magistrados do país. Enquanto o Judiciário
não resolve se a verba é legal ou não, uma consulta popular no site do
Senado sobre o fim da regalia já havia recebido, na sexta-feira, a
adesão de 1.092.974 pessoas. Apenas 5.685 disseram ser favoráveis ao
gasto com dinheiro público.
Nenhum comentário:
Postar um comentário