A presença de mulheres nos cursos
técnicos de Desenvolvimento de Sistemas e de Manutenção de Máquinas
Pesadas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) dobrou de
2016 para 2017. No mesmo período, o volume de alunas no curso de
Manutenção de Aeronaves aumentou em 72%. Os números refletem o
crescimento do interesse feminino por ocupações industriais.
De acordo com dados do Ministério do
Trabalho, em 20 anos, houve um aumento de 19,4% no número de
trabalhadoras no setor produtivo. Em paralelo, o levantamento indica que
as mulheres também estão buscando qualificação e espaço em áreas de
predominância masculina, como Tecnologia da Informação, Mecânica e
Construção Civil.
No ano de 2017, o SENAI ofertou 84
diferentes cursos técnicos. Segurança no Trabalho, Logística e
Administração lideraram o ranking da procura feminina, respondendo por
31,7% do total de matrículas das alunas. Mas entre os dez cursos mais
buscados pelas mulheres também estavam Edificações, Informática,
Eletrotécnica, Mecânica e Eletromecânica.
Apesar da procura, ainda há amplo espaço
para o crescimento da presença feminina. Nas salas de aula de
Edificações e Informática, três em cada dez estudantes eram mulheres.
Nos cursos de Eletrotécnica, Mecânica e Eletromecânica, as mulheres
responderam por apenas 10% das turmas.
O SENAI defende a inserção cada vez maior
das mulheres na educação profissional e no mercado de trabalho. “O
equilíbrio de gênero é fundamental para a evolução das organizações. Uma
equipe heterogênea apresenta ideias e visões diferentes para projetos e
ações, o que impacta em melhores índices de inovação e de
competitividade”, afirma o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
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