Homens armados mataram sete pessoas e feriram ao menos outras quatro
na noite de sexta-feira (9), em Fortaleza. Segundo a Polícia Civil,
os ataques ocorreram por volta das 22h30, em diferentes pontos do bairro
do Benfica, na região central da capital cearense.
A suspeita
inicial é de que os ataques tenham sido praticados por um mesmo grupo,
em um curto espaço de tempo. O caso pode estar ligado à rixa entre
integrantes de torcidas organizadas. Os crimes vão ser investigados pela
Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Três das sete
vítimas foram mortas na Praça da Gentilândia, diante de várias
testemunhas. Localizada próxima ao campus da Universidade Federal do
Ceará (UFC) e cercada por bares e restaurantes, a praça é frequentada
por muitos jovens e estava cheia no momento em que os atiradores
começaram a disparar.
Nas redes sociais, jovens que afirmam ter
presenciado a ação dos atiradores na Praça da Gentilândia relatam
momentos de pânico. “Vivenciei um dos piores dias da minha vida. Estive
presente no tiroteio que ocorreu no Benfica e [durante a confusão]
claramente estava correndo pela minha vida”, escreveu uma jovem
identificada como Patricia Barros.
Outros dois ataques foram
registrados quase no mesmo momento, próximo à Praça da Gentilândia. Pelo
menos três pessoas foram mortas perto de uma das sedes da Torcida
Uniformizada de Fortaleza, na Vila Demétrio. O terceiro atentado ocorreu
na Rua Joaquim Magalhães, também na Vila Demétrio, e resultou na morte
de um jovem de 22 anos.
A crescente violência no Ceará motivou o
governo federal a enviar, em 19 de fevereiro, uma força-tarefa formada
por agentes da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional para combater o
crime organizado no estado. Formado por 26 policiais federais e 10
policiais da Força Nacional, o grupo tem atuado principalmente em
operações de inteligência, dando apoio às forças militares estaduais no
combate ao crime organizado.
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