A definição dos preços da gasolina e do gás pela Petrobras é autônoma
e baseada na realidade de mercado, mas o governo estuda redução de
tributos sobre os combustíveis, o que poderá resultar em queda de
preços. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conversou hoje (7)
com jormalistas sobre o assunto, em Nova York, antes de participar de
café da manhã com líderes empresariais, organizado pelo Council of the
Americas.
“A política de preços da Petrobras – e eu deixei isso
claro na minha fala – é autônoma, baseada na eficiência corporativa, na
realidade do mercado”, disse o ministro, ao ser questionado sobre uma
entrevista dada ontem (6) à Rádio CBN de Ribeirão Preto. Na entrevista,
Meirelles informou que o governo está discutindo com a Petrobras uma
nova política de reajuste de preços dos combustíveis.
Meirelles
explicou, nesta quarta-feira, que o governo não pretende mudar a forma
como a Petrobras define os preços, baseada na cotação internacional. O
ministro ressaltou, entretanto, que “existem diversos fatores que
adicionam preço”. Ele citou a margem de lucro das distribuidoras, no
caso do gás, e disse que há possibilidade de ação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas destacou que o Cade é uma
“entidade independente”.
Ainda “existe uma tributação grande”
sobre os combustíveis, e o governo está começando a fazer uma avaliação
sobre a necessidade, ou não, de “melhora na estrutura de impostos", mas
não há prazo para conclusão, acrescentou o ministro.
Questionado
sobre a oscilação no preço das ações da Petrobras depois da entrevista
que deu ontem, Meirelles respondeu que foi uma reação “normal” do
mercado, que busca “ganhar” e depois se ajusta.
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