A utilização de medicamento genérico para o tratamento da hepatite C
no Brasil poderia gerar uma economia de cerca de R$ 1 bilhão aos cofres
púbicos, segundo informações da organização humanitária internacional
Médicos Sem Fronteiras (MSF). De acordo com a entidade, o país tem
capacidade para produzir o genérico do sofosbuvir, já analisado e
registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O
início efetivo do fornecimento ao governo, entretanto, depende da
conclusão de uma análise de pedido de patente a cargo do Instituto
Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
Segundo o MSF, quando o sofosbuvir foi lançado no mercado, em 2013, o
custo por tratamento chegou a US$147 mil. Atualmente, a entidade
garante realizar tratamentos para hepatite C com genéricos ao custo de
US$120. A economia de R$1 bilhão, portanto, se refere à diferença entre o
preço atual do tratamento com medicamentos de marca e o custo do
tratamento com a utilização de genérico nacional, considerando-se a
oferta de tratamento para 50 mil pessoas via sistema público de saúde,
conforme planejamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
A entidade trabalha em projetos que atendem pessoas infectadas pelo
vírus da hepatite C em 11 países e, desde 2015, ofereceu tratamento a
mais de 6 mil pacientes afetados pela doença. Entre os que concluíram a
terapia até o momento utilizando genéricos do sofosbuvir e do
daclatasvir, também indicado para o tratamento, a taxa geral de cura foi
de 94,9%.
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